30 de janeiro de 2011

Para saber mais

Estava aqui pensando que muitos podem visitar esse blog esperando saber mais sobre como é a economia ou a política de Cuba. Mas, lamento informar que não é meu forte. O que posso contar para vocês são apenas as minhas experiências. Mas lembrei que durante minhas pesquisas sobre Cuba, antes da viagem, visitei muitos sites, desde fotos até história, pontos turísticos e tudo mais. Garanto para vocês que nada é exatamente como li. Nem todos os pontos turísticos que pesquisei e vi pessoalmente conferem 100% e nem todas informações em sites de agências de viagem, são também como descritas. A experiência de "viver" em Cuba durante esses nove dias é algo único. Com certeza não é um destino convencional, mas bastante interessante, principalmente para quem vive num país capitalista e muito ligado aos EUA como o Brasil. Se me perguntarem se recomendo o destino Havana-Varadero, com certeza recomendo. Se eu voltaria para Cuba? Sim. Voltaria. Mas conheceria outros lugares, como os Cayos. Para quem pergunta se precisa levar itens de higiene para Cuba porque as pessoas pedem porque não tem... conosco não aconteceu isso. A única coisa que nos pediram foi dinheiro, sempre em troca de alguma coisa, não como esmola e também nos pediram roupas (usadas, qualquer coisa) em troca de charutos. Se eu soubesse disso antes, teria levado algumas coisas para doar. Na questão de segurança, andamos por Havana e tudo mais e não nos aconteceu nada. Tudo parece bem seguro.
E assim, termina esse relato de viagem. Espero que tenham gostado!
Também compartilho com vocês um outro relato de viagem que achei legal. Cliquem aqui.

Um abraço e até a próxima viagem!

Beatriz.
Jaraguá do Sul - Santa Catarina - Brasil.
30/1/2011.


Turbulência e volta pra casa

O voo de volta para casa não foi dos melhores... Márcio ficou resfriado e estava bem incomodado, já que a respiração em voos longos fica bem prejudicada pelo ar-condicionado dentro do avião. Eu também não gosto de como fica a pele, super seca. Aproveitei para ler um pouco (Comprometida - Elizabeth Gilber), mas o voo foi bastante turbulento, o que é além de preocupante, uma chatice. É legal voar, eu adoro, mas chega um momento, aquele que você só vê nuvens pela janela e que não sabe mais como sentar na poltrona, que aborrece e você quer é chegar logo em casa. O que compensa são as belas paisagens da janela, tem gente que não dá bola, mas eu adoro. E clico mesmo! Antes de chegar em Lima, sobrevoamos um vulcão. Achei o máximo! Pena que não consegui fotografá-lo bem por causa da turbulência e porque já estava anoitecendo. Também gostei bastante de quando estava escurecendo. As luzes nas cidades lá embaixo acessas, um charme. Lima iluminada é linda, enorme, muito grande mesmo. Mas não fotografei já que era para desligar os equipamentos.
A escala em Lima foi tranquila, tomamos um café e comemos uns biscoitos. Só comida de avião enjoa. O voo para Guarulhos partiu as 9h50 horário local (- 3 do Brasil). Como não havíamos dormido no trecho Havana-Lima, para poder dormir a noite, no trecho Lima-Guarulhos, tentamos pegar no sono... mas não deu muito certo, porque a noite, nem o Márcio nem eu conseguimos cochilar. Chegamos às 2h45 (no horário que estávamos) em Guarulhos e colocamos o relógio para 5h45 horário do Brasil. Passamos pela imigração, alfândega, pegamos as bagagens. Eu quis ir no Duty Free, claro! Márcio queria ver se conseguíamos adiantar nosso voo para Curitiba que estava marcado para 12h45. Márcio teve que esperar pelas minhas compras, já que se saísse dali, não conseguiria voltar.
Juntei minhas forças e encarrei umas compras aquela hora da manhã. Maquiagens, perfumes e uma garrafa de Baleys. Compra que valeu muito a pena, já que a economia foi de 50%.
Na Tam, conseguimos adiantar nosso voo para as 11h45, mesmo assim ainda mofamos um tempo no aeroporto. Márcio passou na farmácia, tentou descansar um pouco e eu consegui conectar a internet no celular depois de quase 10 dias sem notícias do mundo. E viva o capitalismo! *risos*
Depois o caminho de volta se resumiu em Guarulhos-Curitiba em um voo lotado. Curitiba-Jaraguá de carro. Chegando em Jaraguá um calor infernal, aí já bateu a saudade do clima gostoso do Caribe. Mas é ótimo estar em casa também. ;-)






O aeroporto não era o mesmo

Chegando no Aeroporto Jose Marti até  nos espantamos, simplesmente o aeroporto não se parecia em nada com o aeroporto em que havíamos chego. Era o mesmo, mas totalmente diferente. Na chegada, tudo feio, sem nenhuma lanchonete, sem nenhum comércio de nada. Agora, mas bonito, com lanchonetes e venda de artesanato (pelo menos). Estávamos na companhia do casal que conhecemos na ida (Marcelo e Iara, de São Paulo) e fomos fazer um lanche antes de embarcar. Pão, presunto e queijo e uma Fanta mexicana. Depois comprei um chocolates para gastar os centavos de peso que tinha. Também trocamos os Pesos Cubanos Convertidos de volta para dólar. Embarcamos às 15h25 horário local, rumo à São Paulo - Guarulhos com escala em Lima, no Peru.

 

Fazendo o caminho de volta

Acordamos umas 8 horas no dia 7/1/2011, era dia de partir rumo ao Brasil. Os dias desconectados e de calmaria haviam acabado. Tomamos pela última vez aquele enorme café da manhã e feito o check-in esperamos nosso translado para o aeroporto em Havana. Do ônibus aproveitei para fazer mais algumas fotos do caminho.





Último dia com lindo pôr-do-sol e passeio pelos hotéis

O Sol Sirenas Coral, hotel que estávamos hospedados em Varadero, não era luxuoso, mas era bom. A área externa era melhor que o quarto. Na verdade nossas noites em Varadero não foram tão bem dormidas quanto em Havana, como o hotel era mais horizontal, havia um grande corredor que levava aos quartos e durante várias vezes acordamos com alguém fazendo barulho passando.
O Sirenas é ligado por pequenas ruas com outro hotel, o Gran Internacional, podendo os hóspedes usarem restaurantes em comum.
Bonita mesmo era a área das piscinas que tinha em volta um grande jardim com coqueiros que levava à praia. Havia recreação para crianças e adultos, mini-golf, parque infantil, ginástica, massagem e sala de jogos. Na última noite arrisquei uma sinuca com o Márcio. Perdi, claro! Foi na última noite também que caminhamos pelos hotéis e fomos até a praia ver o pôr-do-sol no mar do Caribe. Fiquem com alguns registros da piscina do Sol Sirenas, do Gran Internacional e do fim de tarde do dia 6 de janeiro de 2011, em Cuba.

Mais cliques do paraíso

O mar do Caribe é algo incrivelmente lindo mesmo, não tenho mas nem muito o que dizer. Sei que os dias eram calmos e cheios de beleza. Uma delícia! Até um pelicano encontramos numa caminhada pela praia. Compartilho com vocês, mas alguns cliques destas belezas.






 Eu e o Márcio com esta vista paradisíaca


25 de janeiro de 2011

Telefone e Internet em Cuba

Uma das coisas que não gostei em Cuba, foi o pouco acesso ao telefone e a internet. O meu telefone celular não levei porque é pré-pago e não tem roaming internacional e o do Márcio ele tinha perdido um pouco antes de viajar e ficou sem. Mesmo assim, tinha esperança de que lá eu pudesse ligar para meus pais para pelo menos para dar um "oi", "cheguei bem", "feliz ano novo", mas... eis que já na primeira noite descobri que uma ligação para o Brasil custava em torno de R$ 7 reais o minuto. Caro! Quando chegamos em Varadero então, pensei em ligar à cobrar para meus pais, mas... eis que descubro que nenhum lugar em Cuba se fazem ligações à cobrar.
Resultado: liguei duas vezes para meus pais só para dizer que estava tudo bem. Márcio não ligou para ninguém.

Se o telefone era assim, imagina a internet... Pois é. Em Havana vi apenas um posto de internet, que um dia tinha fila, o outro estava fechado. No hotel em Varadero, havia um computador com internet que deveria ser de péssima qualidade mas que todos os dias tinha fila. E outra... custava R$ 20 a hora. Fiquei dias querendo ir, mas achei caro demais só para usar Twitter, Facebook e e-mail (isso se funcionasse) e resolvi controlar meu vicio. Resultado, foram 9 dias e meio sem acesso à internet. Digo "isso se funcionasse" porque muitos sites não estão disponíveis para serem acessados na ilha dos Castro.
Quando saímos em City-tour por Havana o guia havia nos dito que a internet em Cuba é super controlada (se a comida e tudo mais é, imagina a internet). Os únicos que tem acesso são os estudantes e profissionais restritos. Ele também falou do bloqueio dos Estados Unidos e da parceria com a Venezuela.
Nesta semana encontrei este artigo que falava justamente disso. Para quem quiser saber mais fica o link.

24 de janeiro de 2011

Mar do Caribe

O segundo dia em Varadero (dia 4/1/2011) acordamos mais cedo, tomamos aquele café bom e formos para a praia. A temperatura era sempre agradável pela manhã e a noite (por causa do inverno), mas logo começava a esquentar um pouco. Algumas calçadas estreitas cortavam um jardim imenso cheio de coqueiros que dava na praia. Era só subir um morrinho de areia e lá aparecia o mar. Aquele mar maravilhoso de cartão-postal. O céu incrivelmente azul deixava o dia ainda mais lindo. E o que dizer do veleiros coloridos? Só mesmo vendo para esquecer dos problemas, do estresse, da correria do ano todo.
Agora que escrevo este relato, já me dá saudades de ficar na cadeira, pegando sol sem suar uma gota vendo o mar e os pássaros. Que vida boa!!!

Noites caribenhas

O jantar no Sol Sirenas obedecia o mesmo esquema do almoço e do café um bufê para comer e beber à vontade. E a noite, sempre depois de jantar, dávamos um esticada no bar do lobby, onde o ambiente era melhor e os garçons rápidos. Rápidos mesmo. Decobrimos um drink com Run, licor, suco de abacaxi e mais uma outra dose de um doce, eles chamavam Run Punch, mas mais parecia um Sex on the Beach. Bebemos muito daquilo. Descia bem com os charutos e a cerveja. Teve umas duas vezes que o bar do lobby fechou (meia noite) e fomos para o bar da piscina que ficava aberto 24 horas. Foram noite agradáveis à dois.


21 de janeiro de 2011

Comer, beber e amar

Chegamos no Hotel Sol Sirenas Coral e Márcio já tratou de conseguir alguém para quebrar o cadeado e abrir a mala (com a chave dentro), por um CUC, claro! Fizemos o check-in recebemos um mapa do local que era conjugado com outro hotel. No mapa também horários do café da manhã, almoço e jantar, já que estávamos no sistema "tudo incluso" (comida e bebidas nacionais). Para finalizar ganhamos uma pulseira, para ter livre acesso aos bares e restaurantes do local. E era justamente a hora do almoço. Como precisamos esperar um pouco a liberação quarto, fomos almoçar.
O almoço era em forma de bufê com muita variedade de comida, desde frutos do mar até massas. O lugar era grande, muita gente e fila para a carne (que era frita na hora). Só se ouvia francês, alemão e inglês. Haviam muitos canadenses, inclusive fomos confundidos com eles várias vezes. Mas quando descobriam que éramos brasileiros, todos eram só sorrisos. Gostam muito do Brasil.
Os garçons e garçonetes eram simpáticos e bem ágeis. Quanto a comida... era melhor que em Havana e agora não precisava pagar (já estava pago, incluso no pacote), mas a carne de gado, nem se compara com o Brasil. Saudades do filé mignon do Madalena (de Jaraguá) já estava batendo forte. Para beber, cerveja cubana Cristal e refrigerantes mexicanos, pelo menos por enquanto.
Depois do almoço, entramos no quarto, não tão grande quanto no Tryp Habana Libre, mas bom. Não fiz fotos. O chuveiro era o mesmo que de Havana, dentro da banheira também, mas esse era mais alto. Em seguida fomos dar uma volta na praia
O hotel ficava numa grande área arborizada de frente para o mar. Na praia, areia branca e nada de guarda-sóis, apenas umas "choupanas" e cadeiras padronizadas. Como já era mais meio da tarde (o sol se põe lá pelas 17h30), ventava razoavelmente e a temperatura estava bem agradável para ficar no sol, mesmo de biquini (estávamos no inverno). O mar estava lindo mesmo com o céu com algumas nuvens. A água é limpa e bem transparente, como imaginei. As fotos deste dia não ficaram tão boas, esperem pelas do dia seguinte. Ficamos ali à toa por um bom tempo. Ah férias....!


  


O pássaro, que muito lentamente passou por entre a gente

Destino: Varadero

Na manhã do dia 3, depois de mais um enorme café da manhã, saimos do Tryp Habana Libre com destino ao Hotel Sol Sirenas Coral, na península de Varadero. Varadero é uma estância turística na província de Matanzas e uma das maiores áreas de resort no Caribe a cerca de 140 quilômetros de Havana. Tem apenas 1,2km de largura por 20km de extensão. Ainda no lobby do hotel lembrei que havia posto as chaves dos cadeados das malas na frasqueira que era para ir na bolsa de mão, mas... o Márcio sem saber colocou dentro da mala e cadeou, logo, tínhamos um problema para resolver quando chegássemos em Varadero.


No ônibus turistas de várias partes do mundo e um guia que falava espanhol e arranhava no inglês. Metade a gente entendeu, metade... deixa pra lá. Ele ia explicando alguns pontos que passávamos no caminho, vales, um antigo estádio usado nos jogos panamericanos, a fábrica de Run Havana Club, pontos de extração de petróleo e por aí vai. Fizemos também uma parada, numa lanchonete que tinha venda de artesanato e lembranças de Cuba. Para usar o banheiro (o pior até agora), alguns centavos de CUC, claro. Não comprei nada. Queria mesmo é chegar na praia!
Há quem não goste, mas eu fiz várias fotos de paisagem, nem sempre tão boas de dentro do ônibus, mas valeu o registro. Compartilho com vocês lugares entre Havana - Matanzas - Varadero.



Na placa no topo do prédio lê-se: "Defenderemos la patria y la revolución con las ideas y las armas hasta la ultima gota de sangue" Fidel Castro. 

20 de janeiro de 2011

Cine Yara

Na última noite em Havana resolvemos ir ao cinema, no caso, o Cine Yara. Márcio disse que em todas as viagens da gente temos que ir no cinema. Então tá!
O Cine Yara é o maior de Cuba com capacidade para 1,5 mil pessoas. Na época da Copa do Mundo de Futebol, o cinema lotou com a transmissão dos jogos da Espanha. Simplesmente o povo cubano adora o futebol espanhol.

Estava passando A Origem, que já havíamos visto, mas como estávamos curiosos para entrar no cinema, lá fomos nós no domingo a noite curtir uma telona. Era uma noite escura, como todas lá, pela pouca iluminação na rua, mas a praça e a rua estávam lotadas. Muita gente mesmo! Fiz até uma foto (abaixo). Ficou assim a noite inteira. Para você entender, essa foto é do restauturante que frequentamos o La Rampa, em frente fica a Coppelia e ao lado direito o Cine Yara.


Já na bilheteria, muita gente esperando. Parecia que éramos os únicos turistas do local. Sério! Duas mulheres vendiam pipoca em sacos plásticos, dentro de carrinhos de supermercado. Na hora de pagar a entrada um senhor que nos viu com dinheiro na mão nos avisou que o valor era de dois pesos cubanos, não os convertidos que estávamos usando. Mas na confusão e no pouco espanhol nosso, pagamos dois pesos convertidos mesmo. O que aconteceu no caso, é que, o total de 4 CUC equivalem a 96 pesos cubanos, logo faturaram 92 pesos com os nossos dois ingressos. Mas não faz mal, para nós custou cerca de R$ 8 reais os dois ingressos, bem mais barato que no Brasil.


Dentro do cinema, aquele cheiro de museu, mas uma tela grande (bem maior que a do Cine Breithaupt de Jaraguá) e na parede a placa de som Dolby Digital. Antes de começar o filme saquei a câmera rapidinho pra fazer uma foto sem flash, mas a lanterninha, sim lanterninha, já mandou parar de clicar. Antes do filme, propaganda da programação dos outros cinemas da cidade (isso que dá não ter concorrência) e traillers de outros filmes, espanhóis, produções locais e uns do circuito internacinal mesmo. O filmes era em inglês com legenda em espanhol. Assistimos a metade, pois a ideia era ver o cinema, não rever o filme.
E é isso! Valeu a experiência!


*** Antes de viajar, pesquisando sobre Cuba, achei uma bela foto do cinema (e do Hotel onde estávamos hospedados) no site 360cities. Clique pra ver!